Custa-me a entender

Custa me a entender a indiferença, e a frieza das pessoas. Custa-me a entender a arrogância presente numa frase pronunciada com o desejo de rabaixar alguém que por vezes é o ser mais próximo. Custa-me a entender a ganância de se ser o melhor que inferioriza os outros. Custa-me a entender as pessoas que criticam determinados actos, mas cujas acções são idênticas e piores. Custa-me a entender a falta de confiança presente à priori. Custa-me a entender o egocentrismo dos que se axam tão únicos e exclusivos no seu pensamento.

Porque se pensa que “eu sofro e sofro mais que todos os outros, por que a minha dor é maior”, que “eu me sinto feliz e sou mais feliz que todos os outros porque eu sei o que é a felicidade”. Porque se pensa que “eu sei, e sei melhor que todos os outros, pois eu já alcancei a sabedoria e que mais ninguém sabe como eu sei”. Custa-me a antender esses seres que se axam assim tão únicos e exclusivos e que se afirmam os “máiores”. Se são assim tão bons e tão sábios como é possível não se aperceberem, que a mente e a forma de pensamento de todas as pessoas é tão idêntica, nós é que sentimos apenas o que nós sentimos e mesmo isso não é único.

Pá! Custa-me a entender aquelas pessoas que falam muito e que têm uma opinião sobre tudo, aquelas pessoas que falam tão altivamente ou tão profundamente como se fossem os mais entendidos dos mais entendidos, mas cuja vida está cheia de podres.

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